As taxas dos títulos prefixados do Tesouro Direto subiram significativamente nesta segunda-feira (29). O título com vencimento mais próximo, em 2027, passou a oferecer uma remuneração de 12,04% ao ano. Na sexta-feira (26), essa taxa estava em 11,92%.
Essa nova alta aproxima a taxa atual da máxima anual de 12,10%, registrada em 1º de julho. Essa alta anterior ocorreu após declarações do presidente Lula que geraram preocupação no mercado financeiro.
Desde então, a remuneração do Tesouro Prefixado 2027 vinha caindo, chegando a 11,8%. Mas por que essa taxa voltou a subir? A resposta está em uma nova revisão das expectativas de inflação pelos economistas.
O Boletim Focus, que reúne previsões do mercado, mostrou um aumento na projeção do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para 2024, de 4,05% para 4,10%, e para 2025, de 3,90% para 3,96%. Esses dados geram incerteza sobre as próximas ações do Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne esta semana e é esperado manter a taxa Selic em 10,50% ao ano.
Essas revisões na inflação fazem com que os investidores exijam taxas mais altas para compensar a perda de poder de compra do dinheiro ao longo do tempo, o que explica a alta nas taxas dos títulos prefixados.