O mercado financeiro brasileiro testemunhou um marco histórico, com a bolsa de valores ultrapassando os 130 mil pontos, fechando no maior patamar já registrado. O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta quinta-feira (14) aos 130.842 pontos, alcançando um aumento de 1,06%. A euforia foi alimentada pela perspectiva de queda das taxas de juros nos EUA e no Brasil.
Enquanto isso, o dólar comercial, que chegou a operar em queda durante o dia, encerrou com uma leve variação negativa, cotado a R$ 4,914. A oscilação foi influenciada pela derrubada do veto à desoneração da folha de pagamentos pelo Congresso, suscitando apreensões dos investidores sobre seu impacto fiscal.
Internacionalmente, o Federal Reserve (Fed) optou por não alterar as taxas de juros nos EUA, indicando a possibilidade de cortes de até 0,75 ponto percentual até 2024. Essa decisão estimulou a entrada de capitais externos em economias emergentes, como o Brasil, impulsionando o clima positivo nos mercados.
No cenário doméstico, a redução de 0,5 ponto na taxa Selic, deliberada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, animou os investidores da bolsa, mesmo sem influenciar diretamente o mercado de câmbio. A sinalização de manutenção do ritmo de reduções nos próximos meses também contribuiu para o otimismo.
Contudo, um aspecto desfavorável foi a derrubada do veto à desoneração da folha de pagamentos pelo Congresso, trazendo preocupações sobre o impacto fiscal. Apesar da intenção do governo de questionar a constitucionalidade da medida no Supremo Tribunal Federal (STF) e apresentar uma proposta alternativa, estimativas apontam que a Previdência Social poderá deixar de arrecadar cerca de R$ 25 bilhões em 2024, gerando inquietação entre os investidores.
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