11/10/2023 às 12h56min - Atualizada em 11/10/2023 às 12h56min

Dólar e Ibovespa oscilam, mesmo com IPCA melhor que o esperado

Na véspera, a moeda norte-americana terminou o dia com queda de 1,44%, cotada a R$ 5,0562. Já o principal índice acionário da B3 subiu 1,37%, aos 116.737 pontos.

G1 economia

O dólar e o Ibovespa operam entre altas e baixas nesta quarta-feira (11), após a divulgação da inflação de setembro, que veio abaixo das estimativas. A moeda americana chegou a cair com mais força na primeira hora do pregão, mas dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos trouxeram mais cautela aos investidores.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto o mercado projetava uma alta maior, de 0,33%. Analistas ouvidos pelo g1 entendem que as aberturas foram positivas e permitem que o Banco Central (BC) continue a trajetória de queda da taxa básica de juros brasileira.

Dólar

Às 12h15, o dólar caía 0,02%, cotado a R$ 5,0550. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,0292.

No pregão anterior, a moeda norte-americana terminou o dia com forte queda de 1,44%, cotada a R$ 5,0562. Com o resultado, a moeda passou a acumular:

  • queda de 2,04% na semana;
  • alta de 0,59% no mês;
  • queda de 4,20% no ano.

Ibovespa

Às 12h15, o Ibovespa caía 0,36%, aos 116.316 pontos.

Na véspera, o índice fechou em alta de 1,37%, aos 116.737 pontos. Com o resultado, passou a acumular:

  • alta de 2,25% na semana;
  • alta de 0,15% no mês;
  • alta de 6,38% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

O IPCA subiu menos que o esperado pelo mercado, ainda que tenha mostrado uma aceleração frente a agosto. A alta da inflação em setembro foi puxada, mais uma vez, pelo aumento no preço da gasolina, que registrou um avanço de 2,8% no mês.

No acumulado em 12 meses, a inflação tem alta de 5,19%, saindo do intervalo de tolerância da meta de inflação do Banco Central do Brasil (BC), de 3,25%, com tolerância entre 1,75% e 4,75%.

Especialistas explicam que inflação controlada é positivo para a economia, principalmente para o controle dos juros. A Selic, taxa básica de juros do país, está em 12,75% ao ano, depois de dois cortes de 0,50 ponto percentual promovidos pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa é que novos cortes aconteçam nos próximos meses.

"A despeito de serviços terem acelerado no mês, os demais itens que compõem o índice mostraram um qualitativo benigno, com difusão muito baixa e as diversas medidas de núcleos bem-comportadas", diz João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital.

"Assim, as aberturas do dado de hoje reforçam a dinâmica recente da inflação no país e o plano de voo do Banco Central no ciclo de cortes de juros", prossegue.

Além do tom mais positivo no Brasil, o exterior também traz boas notícias, com destaque para os Estados Unidos. Dirigentes do Fed afirmaram que muitos contratos já estão sendo balizados pelas taxas de juros futuros, do rendimento dos títulos públicos no país, que atingiram o maior patamar desde 2007 na última semana.

Isso pode gerar um efeito na economia desejado pelo Fed, de controle da inflação. Assim, novas altas nas taxas pelo Fed só serão realizadas se houver muita necessidade e com muita cautela, como afirmou o vice-presidente da instituição, Philip Jefferson.

Por outro lado, s preços ao produtor dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em setembro, em meio aos custos mais altos da energia.

O índice de preços ao produtor para a demanda final aumentou 0,5% no mês passado, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira. Os dados de agosto não foram revisados e mostraram que o índice subiu 0,7%.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que o índice aumentaria 0,3%. Nos 12 meses até setembro, os preços ao produtor acumulam alta de 2,2%, de 2% em agosto.

Também continua pesando sobre os negócios a escalada dos conflitos entre Israel e Hamas. A principal preocupação econômica com o confronto é em relação ao petróleo, tendo em vista que a região do Oriente Médio é uma importante produtora e exportadora da commodity.

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), ainda é cedo para dizer se a guerra trará impactos para a economia, mas há cautela com o preço do petróleo, que pode trazer impactos sobre a inflação e afetar o crescimento econômico em nível global.


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