21/08/2023 às 13h09min - Atualizada em 21/08/2023 às 13h09min

Ibovespa volta a operar em baixa, após Boletim Focus apontar alta nas estimativas de inflação

Na última sexta-feira, o índice avançou 0,37%, aos 115.409 pontos, interrompendo uma série de 13 quedas consecutivas.

G1 investimentos


 

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, voltou a operar em baixa nesta segunda-feira (21), com novas projeções de inflação para o Brasil e com investidores de olho na China, que passa por um período de crescente desaceleração econômica e preocupa o mundo.

Às 12h25, o índice caía 0,71%, aos 114.586 pontos.

Na última sexta-feira (18), o Ibovespa fechou em alta de 0,37%, aos 115.409 pontos, após viver uma série de 13 quedas consecutivas - a maior sequência de baixas da história. Com o resultado, passou a acumular:

  • quedas de 2,25% na semana e de 5,36% no mês;
  • ganhos de 5,17% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

A semana começa com uma agenda esvaziada nesta segunda-feira, contando apenas com a tradicional divulgação do Boletim Focus - relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções do mercado para os principais indicadores econômicos do país e sai todo começo de semana.

Nesta edição, as expectativas para a inflação em 2023 subiram pela primeira vez em meses, passando de 4,84% para 4,90% e se distanciando da meta do BC, de 3,25% e podendo oscilar entre 1,75% e 4,75%. Já para o ano que vem, as projeções de mantiveram em 3,86%, enquanto a meta é de 3,00%, podendo oscilar entre 1,50% e 4,50%.

As estimativas para a taxa de câmbio também subiram para este ano, com o mercado esperando o dólar a R$ 4,95 até o fim de dezembro.

Além disso, os olhos dos investidores também estão voltados à ida do presidente Lula à cúpula de líderes dos países do Brics (bloco de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Durante o evento, alguns temas importantes e que podem mexer com a economia devem ser discutidos, como a adoção de uma moeda comum entre os países para servir como uma alternativa ao dólar nas relações comerciais do bloco.

Também no cenário político, líderes da Câmara dos Deputados devem se reunir para discutir o texto do arcabouço fiscal, que estabelece novas regras para limitar os gastos do governo, e, havendo um acordo, a proposta pode ser votada em breve.

Hoje o dia também está mais vazio no exterior e o destaque fica com a China, que está no radar dos investidores há semanas por conta de uma forte desaceleração econômica que vem enfrentando.

O Banco Popular da China decidiu cortar uma das principais taxas de juros do país em 0,10 ponto percentual nesta segunda, de forma a estimular o consumo dentro do país. Agora, a taxa de empréstimo de um ano está em 3,45% ao ano.

O corte veio abaixo das expectativas do mercado, que esperavam uma redução de 0,15 ponto percentual, com a taxa chegando a 3,40% ao ano. No entanto, a agência de notícias chinesa Caixin afirma que Pequim tem outras cartas na manga para tentar estimular mais a atividade na segunda maior economia do mundo.

Ao longo da semana, outras divulgações importantes estão marcadas, com destaque para o Índices de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, aqui no Brasil, e alguns dados de atividade econômica nos Estados Unidos e na Europa.

Também ocorre nesta semana, entre os dias 24 e 26, o Simpósio de Jackson Hole. Esse é um dos eventos de economia mais importantes do mundo, que acontece todo ano nos Estados Unidos e reúne diversas autoridades e figuras importantes para discutir sobre os rumos da maior economia do mundo.

 


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