04/08/2023 às 23h57min - Atualizada em 04/08/2023 às 23h57min

Ibovespa na semana: índice fecha abaixo dos 120 mil pontos, mas frigoríficos se destacam

O índice terminou o período em baixa de 0,57%, passando de 120.187,11 pontos para 119.507,68 pontos

E-investidor

O Ibovespa caiu 0,57% na semana, passando de 120.187,11 pontos para 119.507,68 pontos. A semana encerrada nesta sexta-feira (4) marca um período de volatilidade no principal índice acionário da B3, como explica Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

Entre os principais eventos marcantes, o especialista cita a redução do rating dos EUA de AAA para AA+, que colocou o mercado em alerta sobre possíveis rebaixamentos das demais economias desenvolvidas e refletiu em quedas generalizadas em todo o mundo.

No Brasil, houve o início do ciclo de cortes de juros pelo Banco Central (BC), com a queda da Selic de 13,75% para 13,25%, após um ano no mesmo nível. ”Esta redução que já era bastante aguardada pelo mercado, trouxe uma expectativa de que as quedas nos juros devam permanecer em patamares mais fortes e que isso pode trazer alívio para a economia interna já no curto prazo”, comenta Lourenço.

Apesar do otimismo do mercado em relação à queda da taxa básica de juros, o analista da Manchester comenta que o Ibovespa não conseguiu sustentar a alta justamente por conta do cenário externo, que pesou bastante.

Houve também o reflexo de dois resultados fracos de papéis de peso no Ibovespa durante a semana: Bradesco (BBDC4), que manteve um alerta sobre a performance do sistema financeiro e pesou sobre grande parte do setor, e Petrobras (PETR3; PETR4), apesar dos números da petroleira terem sido dentro do previsto.

“[O resultado de Petrobras] aumentou as incertezas sobre o impacto que a nova política de preços poderá ter no resultado futuro da empresa e, consequentemente, a sua capacidade de manter um bom nível de dividendos, tendo em vista que já há uma disparidade relevante em relação ao preço internacional, que tem sido absorvido no resultado da companhia”, afirma Lourenço.

Já o dólar ganhou força. A divisa americana e o euro subiram 3,05% e 2,9% frente ao real na semana, atingindo os R$ 4,88 e R$ 5,37, respectivamente.

Em Nova York, na semana, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 2,27%, 1,11%, 2,85%, respectivamente.

As três ações que mais valorizaram na semana foram Dexco (DXCO3), Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3).

Dexco (DXCO3): 19,26%, R$ 9,35

A empresa se beneficia na semana da queda de 0,50 ponto porcentual da taxa de juros, assim como seus pares ligados à atividade doméstica.

“A redução da Selic em meio ponto ajuda a companhia, que também teve como ponto positivo a redução do ciclo de investimento (capex) em R$ 300 milhões, o que deve aliviar o caixa e, com isso, a empresa deve ou pagar dividendos maiores, ou melhorar a alavancagem”, afirma Hugo Queiroz, sócio diretor da L4 Capital, disse ao Broadcast.

A Dexco está em alta de 11,71% no mês. No ano, acumula uma valorização de 37,91%.

Marfrig (MRFG3): 13,26%, R$ 8,03

A Marfrig se destaca na semana após o Citi divulgar um relatório mantendo o rating de compra da empresa, mas reduzindo o preço-alvo da ação de R$ 12 para R$ 11, “com base nos resultados operacionais”, segundo o Broadcast.

A Marfrig está em alta de 8,22% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 7,7%.

BRF (BRFS3): 11,75%, R$ 10,27

A empresa do setor de frigoríficos, na qual Marfrig detém 33,3% do capital, está como a terceira alta semanal, após o J.P. Morgan recomendar compra do papel. O Citi também manteve a classificação de risco neutro/alto para a empresa, mas elevou o preço-alvo das ações de R$ 9,50 para R$ 11,50.

A BRF está em alta de 5,23% no mês. No ano, acumula uma valorização de 24,03%.


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