23/06/2023 às 23h12min - Atualizada em 23/06/2023 às 23h12min

Pedido de apoio: Brasil e mais 5 nações solicitam auxílio dos EUA em negociações da Argentina com o FMI

Nesta quinta-feira (22), a chancelaria argentina divulgou que o Brasil e outros cinco países uniram-se em um pedido de revisão dos termos do empréstimo de US$ 44 bilhões (R$ 210 bilhões) concedido à Argentina pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A solicitação visa buscar um acordo mais favorável para o país sul-americano.

Júlia Sóppa com informações do G1
 

Seis nações latino-americanas solicitam apoio dos Estados Unidos para negociações da Argentina com o FMI.

Brasil e outros cinco países se unem em pedido de revisão dos termos do empréstimo de US$ 44 bilhões (R$ 210 bilhões) concedido à Argentina pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), conforme divulgado pela chancelaria argentina nesta quinta-feira (22).

A carta enviada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é assinada também pela Bolívia, Chile, Colômbia, México e Paraguai, demonstrando o apoio regional à Argentina durante as negociações. O país sul-americano busca flexibilizar as restrições fiscais e monetárias do acordo de empréstimo renegociado em 2022 pelo atual governo de Alberto Fernández, que havia sido originalmente contratado durante a gestão de Mauricio Macri (2015-2019).

No final deste mês, a Argentina enfrentará o vencimento de US$ 2,7 bilhões (R$ 12,89 bilhões). Até o momento, esses pagamentos têm sido realizados com os desembolsos concedidos pelo FMI em cada revisão periódica do acordo.

Em um esforço conjunto, os presidentes Lula, Luis Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Andrés Manuel López Obrador (México) e Mario Abdo (Paraguai) assinaram a carta enviada ao governo dos Estados Unidos.

Pedimos com respeito e afeto que apoie a Argentina  nas negociações que ela está levando adiante com o FMI", diz a carta, ao reivindicar "uma solução rápida e efetiva" para o país.

Embora o FMI tenha concordado em março em revisar para baixo alguns objetivos de acumulação de reservas internacionais, ainda não foi estabelecida uma nova meta.

As reservas internacionais da Argentina estão atualmente em US$ 31,6 bilhões (R$ 150,8 bilhões), cerca de US$ 7,5 bilhões (R$ 35,8 bilhões) abaixo do valor registrado em março, quando ocorreu a última revisão e o FMI desembolsou US$ 5,4 bilhões (R$ 25,78 bilhões). No entanto, especialistas estimam que as reservas líquidas sejam ainda menores.

A Argentina enfrenta a pior seca em quase um século, o que tem impactado negativamente o setor agropecuário, sua principal fonte de divisas.

Os líderes latino-americanos ressaltaram que, apesar das complicações causadas pela seca, a Argentina "tem trabalhado arduamente para lidar com a dívida excepcional contraída com o FMI".

"Trata-se do maior crédito concedido na história da organização, que contou com o aval de seus principais acionistas", destacaram os presidentes.

O atual programa de facilidades estendidas, acordado em março de 2022, exige que a Argentina aumente suas reservas internacionais e reduza o déficit fiscal de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 para 2,5% em 2022, 1,9% em 2023.


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