10/10/2023 às 12h08min - Atualizada em 10/10/2023 às 12h08min

Resiliência Empresarial: Estratégias de Comunicação de Crise

Estratégias de Resiliência Empresarial em crises

Júlia Sóppa

Júlia Sóppa

Estudante de Relações Públicas na UFPR, apaixonada por comunicação, economia e inovação. Em busca de conexões que transformam o mundo.

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Em um mundo de constante mudança e conexão, as empresas e organizações enfrentam desafios quando se trata de gerenciar a comunicação, principalmente em tempos de crise. Seja uma situação de segurança, um escândalo de relações públicas ou uma interrupção nos negócios, a forma como uma organização se comunica durante momentos críticos pode impactar profundamente sua reputação e sua capacidade de recuperação da imagem, tanto a curto quanto a longo prazo.

A comunicação de crise é uma parte essencial da gestão moderna de empresas e organizações. Ela exige um planejamento cuidadoso, transparência, comunicação consistente e uma abordagem focada em aprender com cada crise. Através da preparação e execução eficazes da comunicação de crise, as organizações podem minimizar danos à sua reputação e manter a confiança do público.

Em um cenário empresarial cada vez mais volátil e suscetível a mudanças, a capacidade de uma organização de responder a questões emergentes com sucesso é crucial para sua sobrevivência e reputação. Pode-se aumentar a resiliência diante da construção de relacionamentos duradouros e de qualidade com os diversos públicos que têm interesse ou influência sobre a organização.

Para isso é melhor dividir alguns princípios da comunicação de crise, como James Gruning menciona:

Princípio de relacionamento que dizer que a vulnerabilidade das questões emergentes diminui quando a organização possui relacionamentos duradouros de qualidade com públicos que poderiam questionar decisões, ou seja, a vulnerabilidade a questões emergentes tende a diminuir consideravelmente quando uma organização estabelece e mantém relacionamentos sólidos com seus stakeholders. Isso se deve à confiança e ao entendimento mútuo que essas parcerias podem proporcionar, ou seja, o princípio de relacionamento.

Princípio de responsabilidade aceita a responsabilidade de administrar uma crise até mesmo quando não sejam culpadas pela crise, sendo assim, se baseia na premissa de que as organizações têm a obrigação moral e ética de assumir a gestão de crises, independentemente de serem as causadoras diretas dos problemas. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando uma empresa é afetada por eventos externos, como desastres naturais, crises econômicas globais ou problemas provocados por terceiros.

Princípio de transparência revela tudo o que se sabe sobre a crise ou os problemas envolvidos. Em um mundo em que a informação flui rapidamente e a desinformação é uma ameaça constante, a transparência se tornou um pilar fundamental para a gestão de crises bem-sucedida. Os stakeholders, sejam eles clientes, funcionários, investidores ou o público em geral, confiam em organizações que são abertas e honestas.

Princípio de comunicação simétrica a segurança pública é tão importante quanto o lucro. Por isso, é preciso o diálogo verdadeiro com os públicos. Em muitos casos, organizações podem se deparar com situações em que as decisões tomadas em busca do lucro podem ter implicações na segurança pública. Essas situações podem variar desde produtos defeituosos até questões ambientais e de saúde. Nesses momentos, é vital lembrar que a segurança pública não pode ser subjugada em prol do lucro.

Ser ativo e não reativo comunicação de crise exige que a empresa/instituição antecipe a situação de crise e declare a sua instalação, antes de todos, fazendo o seu acompanhamento de modo ativo, se possível, adiantando-se aos média no contacto com os colaboradores. Ao mesmo tempo que vai preparando e enviando mensagens atempadas a cada um dos públicos, antecipando as suas necessidades e receios.

Em suma, a comunicação de crise não se trata apenas de como uma organização lida com a mídia ou o público durante uma situação adversa. Ela começa muito antes da crise real e envolve uma preparação cuidadosa.

Nos dias de hoje, a comunicação de crise também inclui o gerenciamento de crises nas mídias sociais, onde as informações podem se espalhar rapidamente e ganhar vida própria. Isso torna ainda mais crítica a necessidade de uma resposta ágil e eficaz.

Além disso, a gestão de crises não se limita apenas a responder a eventos adversos, mas também a antecipar e mitigar riscos. A comunicação proativa pode evitar que pequenos problemas se transformem em crises em potencial.

A comunicação de crise e a gestão de crises são habilidades essenciais em um mundo onde a informação flui rapidamente e a confiança pode ser perdida em questão de segundos. A preparação cuidadosa, a transparência, a agilidade e a adaptação são elementos-chave para navegar pelas águas turbulentas da gestão de crise. Lembre-se de que, em tempos difíceis, a forma como você se comunica pode fazer toda a diferença no resultado final.

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